Um mundo à parte

Ainda antes de vir a Portugal, uma outra viagem me fez andar pelos ares da Europa. De 27 a 30 de Abril deu um pulinho até Dublin onde iria visitar a minha amiga Amandine, bem como reencontrar a minha prima Ana. Como já é de costume, foi uma odisseia até lá chegar: de Ljubljana a Veneza, de Veneza a Treviso, e finalmente de Treviso a Dublin... Quando lá chego já lá estavam as duas meninas e a Helena - amiga da Ana - à minha espera no aeroporto. Saimos do aeroporto e vamos logo em grande estilo em direcção ao centro de Dublin: num autocarro de dois andares. A minha santa ignorância fazia-me crer que tal autocarro só existiria por terras de Sua Majestade. Mas não, também eles circulam por Dublin, e não são assim tão poucos!
Dublin é cidade bem pequena, quando comparada a outras capitais europeias, se bem que em termos de dimensão ainda bate Ljubljana aos pontos... :P. O centro histórico poucos monumentos tem, o que há partida poderia fazer crer que a cidade pouco interesse teria. Mas engane-se quem assim pensa: a beleza de Dublin deriva exactamente de todo o conjunto arquitectónico: os edíficios de baixa estatura, as portas coloridas, as lojas tradicionais. E claro está que tendo um rio a atravessá-la dá um encanto ainda maior.
Já os irlandeses em si, parece-me que poderão ser apelidados dos mais malucos da Europa. Desde logo por conduzirem do lado errado da estrada :P, mas também por serem ainda mais destemidos do que os portugueses a atravessar as ruas e avenidas com carros a passarem a alta velocidade; por se mascararem quando saem à noite, como se fosse Carnaval; por usarem mini-saias com um frio descomunal (este último reparo, claro está, refere-se à população feminina); por se enfiarem em bares a beber cerveja logo às 5 da tarde para só sairem às tantas da madrugada, ...